Amalia Rodrigues - Aquela rua
Não me fales dessa rua, a rua
que para mim foi a mais linda, ainda,
sim, prefiro que te cales,
fala-me das horas de hoje,
do passado não me fales.
Nesse tempo de quimera, eu era,
como simples açucena pequena,
pura como a luz da lua,
era a menina bonita
do principio ão fim da rua.
Bibe azul ãos quadradinhos,
fitas e laços de ir para a escola,
hoje sigo outros caminhos,
fiz dos teus braços uma gaiola. Canções alegres que eu tinha,
que eram da moda, só sei cantar:
'ólha a triste viuvinha,
que anda na roda, que anda a chorar'.
Era irmã daquela fonte de fronte,
aprendí a taguarela com ela,
tudo na vida mudou
porque um dia tu passaste,
passaste e a fonte secou.
Meu cantarinho de barro bizarro,
fosse là pelo que fosse, quebrou-se,
passaste a chamar-me tua,
desde então não mais pisei
as pedras de aquela rua.
Sim, prefiro que te cales,
fala-me das horas de hoje,
do passado não me fales.
que para mim foi a mais linda, ainda,
sim, prefiro que te cales,
fala-me das horas de hoje,
do passado não me fales.
Nesse tempo de quimera, eu era,
como simples açucena pequena,
pura como a luz da lua,
era a menina bonita
do principio ão fim da rua.
Bibe azul ãos quadradinhos,
fitas e laços de ir para a escola,
hoje sigo outros caminhos,
fiz dos teus braços uma gaiola. Canções alegres que eu tinha,
que eram da moda, só sei cantar:
'ólha a triste viuvinha,
que anda na roda, que anda a chorar'.
Era irmã daquela fonte de fronte,
aprendí a taguarela com ela,
tudo na vida mudou
porque um dia tu passaste,
passaste e a fonte secou.
Meu cantarinho de barro bizarro,
fosse là pelo que fosse, quebrou-se,
passaste a chamar-me tua,
desde então não mais pisei
as pedras de aquela rua.
Sim, prefiro que te cales,
fala-me das horas de hoje,
do passado não me fales.
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